Campinas ganhará uma sala expositiva inédita e permanente no MIS (Museu da Imagem e do Som) dedicada a Hercule Florence, responsável pela descoberta isolada da fotografia, há 190 anos.
O projeto tem a parceria do Instituto Hercule Florence, responsável pela salvaguarda das obras, registros e escritos do artista, e contará com ações educativas e recursos de acessibilidade. A inauguração será em 18 de maio, Dia Internacional dos Museus.
Os visitantes poderão conhecer a cronologia da vida de Hercule Florence e das experiências relativas à invenção da fotografia por meio de protótipos tridimensionais reconstruídos a partir dos manuscritos originais e acompanhados de vídeos, totens, painéis e QR Codes explicativos.

Fachada do MIS Campinas, que abrigará sala expositiva sobre Hercule Florence @ Ricardo Lima

O projeto prevê visitas guiadas para estudantes dos ensinos público e privado, uma página na internet com o conteúdo da exposição, material educativo disponibilizado em PDF para download gratuito (além de exemplares físicos com distribuição também de graça), oficinas de reconstrução do método de Hercule Florence, além de oficinas em escolas para estimular a visita à exposição e difundir conhecimentos em torno da fotografia e dos inventos de Florence.

“Nosso objetivo é dar visibilidade a Hercule Florence e às suas diversas descobertas. Ele, por exemplo, foi o primeiro a usar o termo ‘fotografia’. A sala nasce com a proposta de torná-lo conhecido e acessível, não apenas para os amantes da fotografia. Com essas ações, pretendemos suprir uma lacuna em relação à informação da população em geral sobre a vida e a obra deste importante inventor, que escolheu Campinas para viver”, detalha Ana Angélica Costa, responsável pela coordenação artística e pela pesquisa, junto com Débora Bruno.

Sobre Hercule Florence

Antoine Hercule Romuald Florence (Nice, França 1804 – Campinas, SP, 1879) foi desenhista, pintor, fotógrafo, tipógrafo, litógrafo, professor e inventor. Chegou ao Brasil em 1824.
Trabalhou no comércio e numa empresa tipográfica, antes de ingressar na Expedição Langsdorff como desenhista, entre 1825 e 1829. Residia na Vila de São Carlos (atual Campinas), onde inventou um processo fotográfico em 1833.
Em busca da simplificação dos procedimentos comuns de reprodução de imagens na época (restritos aos diferentes tipos de gravura), inventou, em 1830, o que chamou de polygraphie [poligrafia], método de impressão em cores semelhante ao atual mimeógrafo.
A partir de 1832, começou a investigar as possibilidades de fixação da imagem utilizando a câmera escura por meio de um elemento que muda de cor pela ação da luz.
Com a ajuda do boticário Joaquim Correa de Mello, realizou experiências fotoquímicas que deram origem a imagens batizadas de photographie [fotografia], em 1833.

Anote: MIS Campinas (Rua Regente Feijó, 859 – Centro)


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