O National Portrait Gallery de Londres recebe a exposição Michael Jackson: On The Wall a partir dessa quinta-feira (28). É uma homenagem ao cantor morto em 25 de junho de 2009.
O legado musical do “rei da pop” é colocado em perspectiva, principalmente por sua influência do ícone do século XX na arte contemporânea, escreveu o curador da mostra e diretor da galeria, Nicholas Cullinan.
Organizada por áreas temáticas, “Michael Jackson: On The Wall” – título que se inspira no terceiro álbum do músico, “Off the Wall” – abre com um “Michael Jackson Alphabet”, trabalhado pelo artista Donal Urquhart, a partir de palavras associadas ao músico, como “invencível”, “capitão” ou “histórico”.
O percurso começa com a letra “A”, que corresponde a “ABC”, o maior sucesso dos The Jackson 5, grupo que revelou o músico em criança.
A canção “Workin’Day and Night” (1979), do terceiro álbum de Jackson, inspirou a nstalação sonora da artista Susan Smith-Pinelo “Sometimes”, na qual o tema se repete em ‘loop’ acompanhado de um vídeo com o peito do cantor.
A música, porém, é uma exceção, que prioriza pintura, colagem, vídeo ou fotografia do artista para dar forma ao conjunto de cerca de uma dezena de salas, que percorrem a vida de Jackson.

Uma dessas salas é dedicada à relação com Andy Warhol, que o retratou em 1984, depois da edição de “Thriller”, que mantém o recorde de disco mais vendido de todos os tempos.
Nicholas Cullinan disse que “Michael Jackson: On The Wall” adota uma “nova e radical aproximação ao impacto cultural de uma figura única através da arte contemporânea”.

Nas palavras de Cullinan, todos os artistas envolvidos no projeto, “embora provenham de diferentes gerações e de distintas partes do mundo, partilham o fascínio pela figura de Jackson e por seu legado”.
É o caso do fotógrafo norte-americano David LaChapelle, que mostra Michael Jackson como um arcanjo, que se eleva sobre um demônio, como um mártir nos braços de Jesus Cristo ou andando lado a lado com a Virgem Maria.

“Retrato Equestre do Rei Filipe II (Michael Jackson)”, do nova-iorquino Kehinde Wiley, é outro exemplo da visão heroica do músico, com esta tela inspirada na pintura “Felipe II a cavalo” (1630), de Peter Paul Rubens.

Onze das obras foram feitas especificamente para a exposição, nomeadamente de artistas como Njideka Akunyili, Dara Birnbaum, Michael Craig-Martin, Graham Dolphin e Yan Pei Ming.
No dia 29 de agosto 2018 celebrará os anos 60 anos de nascimento do cantor.
O catálogo sobre a exposição “Michael Jackson: On The Wall” custa $35 libras. Ela ficará em cartaz até 21 de outubro.