Antes divulgado que seria reaberto na segunda, 01/06, agora, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette mudou para segunda, 08/06 junho, e ampliou o decreto do Governo do Estado de São Paulo para a flexibilização da quarentena adotada devido à pandemia da Covid-19, anunciado na última quarta-feira (27). Pelo plano estadual, poderiam retomar as atividades o comércio de rua, os shoppings, os escritórios, as imobiliárias e às concessionárias. Já o decreto municipal incluiu os restaurantes, e liberou a realização de cultos religiosos. Todos os setores seguirão restrições de horário de funcionamento e de capacidade.
O plano estadual de retomada consciente do comércio prevê cinco zonas por nível de risco – vermelha (alerta máximo), quando podem funcionar apenas os serviços essenciais; laranja (controle), com liberação de algumas atividades com restrições e controle; amarela, (flexibilização) com liberação de mais algumas atividades com controle e restrições; verde (abertura parcial), quando a curva da Covid-19 cair e as restrições forem menores; e azul (normal controlado), quando o Estado tiver o controle da doença e todas as atividades econômicas forem liberadas. Os municípios que estão classificados a partir da fase laranja, como é o caso de Campinas, poderão iniciar já à reabertura de alguns setores. Após 14 dias a situação será avaliada e as cidades poderão avançar ou retroceder de fase.

O comércio de rua, os shoppings e os restaurantes deverão funcionar com 30% da capacidade. Para o comércio de rua, o horário de funcionamento determinado pela prefeitura é das 10h às 16h. Para os shoppings centers, das 14h às 20h.
No caso dos restaurantes, a liberação é somente no horário de almoço. Para o jantar, os estabelecimentos devem continuar a operar apenas por delivery. De acordo com o prefeito Jonas Donizette, o escalonamento dos horários tem por objetivo não sobrecarregar o sistema de transporte e as empresas que não cumprirem essa jornada serão multadas pela Prefeitura.

Já as academias, os salões de beleza, os teatros e cinemas, bem como os eventos que geram aglomerações, sejam esportivos, culturais permanecem fechados em Campinas.
As indústrias, construção civil e os serviços considerados essenciais seguem em funcionamento. A educação e os transportes não foram contemplados nesta primeira etapa de flexibilização e terão seu funcionamento definido posteriormente.
Todos os setores deverão seguir os protocolos sanitários gerais e os critérios pré-estabelecidos, como disponibilizar álcool em gel 70% para funcionários e clientes, especialmente na entrada do estabelecimento e nos locais de pagamento, monitorar e controlar o fluxo nos estabelecimentos, adotar a obrigatoriedade do uso de máscara pelos funcionários e conscientizar e estimular a importância da sua utilização pelos consumidores, entre outros. Não devem ser realizadas atividades promocionais, campanhas ou eventos que possam causar aglomerações nas lojas e os funcionários com mais de 60 anos não poderão retornar ao trabalho.

De acordo com o decreto municipal, o responsável legal pelo estabelecimento, independente da atividade, deverá fazer um curso rápido, de quatro módulos, por meio do site da prefeitura, com orientações de segurança, comprometendo-se a cumpri-las. O certificado do curso, devidamente assinado, poderá ser afixado no estabelecimento, como forma de reforçar que aquela empresa está preparada para operar dentro das normas.

ACIC
Para Adriana Flosi, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) e vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), a flexibilização sinaliza um alento para os empreendedores.
Ela reforça que nessa nova etapa de ressignificação das empresas e de mudanças comportamentais do consumidor, a atuação das associações comerciais têm ainda mais relevância:
“Vamos apoiar a implantação dos protocolos e das diretrizes dos órgãos competentes pelos estabelecimentos. Conhecemos as peculiaridades dos segmentos, o comportamento de compra dos consumidores, e também as características do município e vamos atuar ao lado do poder público, dos empreendedores e da população para que não seja dado um passo para trás, e até alcançarmos o controle da doença, quando todas as atividades, enfim, poderão ser liberadas”, afirma.