Man Ray foi um dos pais do movimento dadaísta nos EUA

Man Ray (1890-1976) foi um fotógrafo, pintor e cineasta estadunidense, que se tornou um dos mais destacados artistas do Dadaísmo e do Surrealismo, movimentos de vanguarda surgidos na França no século XX.

Man Ray Le Beau Temps 1939 @ Domínio Público

Man Ray, pseudônimo de Emmanuel Rudnitsky, nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos, no dia 27 de agosto de 1890. Ainda jovem mudou-se para o Brooklyn, em Nova Iorque. Em 1909 iniciou seus estudos na The Social Center Academy of Art. Adota o pseudônimo de Man Ray. Em 1912, iniciou sua carreira artística e logo se tornou amigo dos artistas da vanguarda da pintura e da fotografia em Nova Iorque.

Man Ray – Invention -1916 @ Domínio Público

Em 1915, os franceses Marcel Duchamp e Francis Picabia se mudaram para Nova Iorque e viraram o foco do Movimento Dadaísta ao qual Man Ray se uniu. O Movimento deliberadamente provocativo queria chocar as pessoas para que saíssem de seu estado de complacência e criassem uma forma de arte livre dos valores e ideias que a haviam precedido. São desse período, as telas “The Rope Dancer Acompanies Hessel With Her Shadows” (1916) e “Orquestra Sinfônica” (1916).

Man Ray – The Rope Dancer Acompanies Hessel With Her Shadows – 1916 @ Demínio Público

Em 1921, se separou de sua mulher, a poeta belga Adon Lacroix, e mudou-se para Paris onde junto com Duchamp se integrou ao Movimento Dadaísta francês. Realizou seu primeiro “Ready-made” (termo usado por Duchamp para designar o uso de objetos do cotidiano como obra de arte). Depois de diversos experimentos, fazendo uso de tinta spray na pintura, Man Ray dedicou horas pesquisando métodos em busca de aperfeiçoamento da fotografia.

Man Ray – Jazz – 1919 @ divulgação

Em 1924 com o surgimento do Surrealismo em Paris, Man Ray recebeu influências do movimento. Nesse mesmo ano, produziu “Le Violon d’Ingres”, uma de suas obras mais famosa.

Man Ray – Le Violon d’Ingres – 1924 @ Domínio Público

Como cineasta, Man Ray produziu filmes surrealistas, como o curta “L’Étoile de Mer” (1928). Durante muitos anos vivendo no bairro de Montparnasse, em Paris, Man Ray revolucionou a fotografia, em particular fazendo uma série de nus de Meret Oppenheim, uma artista surrealista que se permitiu ser fotografada por Man Ray. Em 1932, criou a foto “Lágrima” um close de um rosto virado para cima com gotas de vidro para imitar lágrimas.

Man Ray – Glass Tears – 1932 @ Domínio Público

Durante a Segunda Guerra Mundial, Man Ray foi para os Estados Unidos. Nessa época, produziu inúmeras fotografias de moda. Fotografou estrelas de cinema de Hollywood, como Ava Gardner, Marylin Monroe e Catherine Deneuve.

Man Ray – Black and White – 1926 @ Domínio Público

Depois de seis anos, retorna para Paris. Seu reconhecimento internacional veio com a Medalha de Ouro da Bienal de Fotografia de Veneza, em 1961.

Man Ray Dora Maar 1936 @ Domínio Público

Em 1963 publica a autobiografia “Autorretrato”. Em 1966 realizou sua primeira grande retrospectiva em Los Angeles Country Museum ​​​​​​ of Art.
Man Ray faleceu em Paris, França, no dia 18 de novembro de 1976.