O Instituto Espanhol Rainha Sofia em Nova York, recebe a exposição Balenciaga: Spanish Master, organizado pelo jornalista Hamish Bowles.A exposição apresenta algumas das mais importantes criações do mestre da Alta-Costura espanhol, Cristobal Balenciaga, incluindo o icônico vestido “Infanta, criado em 1939, os trajes com inspiração em toureiros de 1946 e os vestidos de flamenco de 1951 a 1961.
Em pleno coração da Park Avenue, o Instituto Espanhol Rainha Sofía promove a conscientização e compreensão da cultura espanhola nos Estados Unidos. Segundo o curador da mostra, Hamish Bowles, a ideia da exposição surgiu a partir de uma conversa com o estilista Oscar de la Renta, presidente do Instituto nova-iorquino, que destacou a influência de Balenciaga na história da moda, uma vez que sua obra trazia elementos da cultura espanhola, como a religiosidade, a dança, entre outros.
O estilistaCristobal Balenciaga – nascido numa pequena vila de pescadores na costa norte de Espanha em 1895 – é uma das maiores estrelas das artes espanholas. Seu pai era um pescador e sua mãe costureira. Ainda pequeno, ele se interessou por costura e pela história da moda. Logo, seu talento foi descoberto pela mulher mais importante da cidade, a Marquesa de Casa Torres, que se tornou sua patronesse e cliente. Ela o mandou para Madri para aprimorar seus estudos de moda usava com orgulho os resultados.
Balenciaga desenhou roupas em Espanha para a aristocracia e da família real até que a Guerra Civil Espanhola forçou-o a se mudar. Em seguida, abriu sua Maison em Paris em 1937 e trabalhou lá até seu fechamento 1968, morrendo quatro anos depois.
Devido ao seu treinamento na técnica e na construção, Balenciaga poderia armar, cortar e ajustar seus próprios padrões e criou novas formas – casulos, balões e funis longe do corpo. Em vez de um monte de ornamentação ou decoração, sua roupa tinha uma simplicidade arquitetônica que conquistou as mulheres elegantes do seu tempo, como duquesa de Windsor, a princesa Grace e a milionária americana Barbara “Babe” Cushing Mortimer Paley.
Diferente de outros estilistas, mantinha uma vida discreta e longe do interesse público. Para se ter uma ideia, deu sua primeira entrevista apenas nos 50.
Considerado o “Arquiteto da Moda”, era também muito respeitado por seu colegas.
Coco Chanel dizia: “Ele é o único e verdadeiro costureiro entre nós” e fotografo, diretor de arte e figurinista Cecil Beaton comentou que “Balenciaga é” Picasso da moda“, referindo-se a um outro grande artista da Espanha.
A exposição “Balenciaga: Spanish Master” permanece até 19 de fevereiro de 2011. Depois, será montada em São Francisco, a partir de 26 de março.

Você precisa fazer login para comentar.