“Senhora da Tarde, dona dos espíritos. Senhora dos raios e das tempestades. Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi(mãe de Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó. Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas”.Esta poderia ser a descrição de Naomi Campbell.
Um dia…
… Lá pelos idos dos anos 80, Naomi caminhava no Covent Garden, em Londres, quando John Casablancas (Elite Model) se encantou com sua beleza exótica, uma mistura do sangue negro e chinês.
Pouco depois, apareceu na capa da Elle Britânica. Era 1986.
Em Paris, Gianni Versace também se encantou e a transforma numa de seus modelos preferidas (além de se tornar uma amiga).
Foi em 1988 que Naomi quebrou décadas de racismo e apareceu nas capas da Vogue Paris e Britânica – no mesmo ano. A Time, a mais importante revista semanal, celebrou o fato. Pouco tempo depois, ela estava na Vogue America.
Nesta época, ao lado de Linda Evangelista, Cindy Crawford, Claudia Schiffer e Christy Turlington, ela definiu a beleza da virada da década de 1980 a 1990.
Elas ganharam o título de Supermodels – mulheres que ganhavam mais de um milhão de dólares por ano, com rosto e corpo em TODAS as revistas e campanhas publicitárias do universo.
O tempo passou…
… Ela gravou disco, apareceu em videoclipes (como Erotica, de Madonna e In the Closet, de Michael Jackson e o histórico Freedom 90, de George Michael), tentou virar atriz de cinema (trabalhou com Spike Lee), veio e voltou para o Brasil (centenas de vezes), namorou um monte de homem interessante (Robert DeNiro, Flavio Briatore e Vladislav Doromin, bilionário russo – seu atual), se envolveu numa sucessão de escândalos (foi expulsa de uma loja em Londres, pois gritou com os funcionários; espancou uma atriz desconhecida; agrediu sua psicóloga; jogou o celular na cara da empregada; foi presa no aeroporto de Heathrow, pois se irritou e agrediu policiais, porque extraviaram sua mala; foi banida de um show em comemoração dos 90 anos de Nelson Mandela, pois usou um boné de beisebol com o mesmo número de identificação do ex-presidente sul-africano na prisão).
E o sucesso continua…
… Pois, apenas neste ano, Naomi esteve em mais de 20 campanhas, capas e editoriais (Vogue, i-d, Harper’s Bazaar, V Magazine, Pop Magazine, Flaunt, Giant…), provando de um sucesso único para uma modelo de 39 anos.
Alguém duvida que esta Diva não merece ser celebrada no Dia da Consciência Negra, comemorada nesta sexta-feira, 27 de novembro?
Afinal, Naomi Campbell continua sendo a mais importante personalidade negra da história da moda contemporânea internacional!




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