Grease – Nos Tempos da Brilhantina completa 44 anos

Em junho de 1978 chegava às telas o musical Grease – Nos Tempos da Brilhantina, trama sobre a juventude dos anos 1950. Os protagonistas eram Danny – líder de uma gangue de badboys – e Sandy – uma das ‘virginais’ do colégio – que se apaixonaram nas férias de verão. Com o início das aulas e a chegada da mesma na escola onde Danny era o ‘popular’, as coisas se complicam quando tentam engatar um namoro, apesar das diferenças de seus grupos sociais.

O filme foi um sucesso imediato de público – inclusive no Brasil. A crítica, por outro lado, não se empolgou muito,  alegando que era uma grande bobagem. Mesmo assim, com um custo de US$ 6 milhões, garantiu um inacreditável US$ 394.955.690. Graças a isto, ele se manteve como o musical mais assistido da história de Hollywood até ser superado por ‘Mamma Mia!’, em 2008 e caindo para terceiro com ‘Les Misérables’, em 2012. Em 2017, a live action de ‘A Bela e a Fera’ assumiu a liderança e ‘Grease’ caiu para o quarto lugar.

Versão para o cinema de um sucesso da Broadway de 1972, (primeira montagem ficou em cartaz até 1980), Grease recebeu uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original, e cinco no Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Comédia/Musical, Melhor Ator, Melhor Atriz e duas de Melhor Canção Original (‘Grease’ e ‘Hopelessly Devoted to You’). Ganhou três People’s Choice Award, incluindo Atriz Coadjuvante para Stockard Channing.

Studio 54 Première filme Grease – Olivia Newton-John e Allan Carr – Grace Jones ao fundo (1978) @ Reprodução

ATORES

Sucesso na TV como Fonzie na comédia ‘Happy Days’, Henry Winkler ‘se ofereceu’ para a Paramount para o papel principal, porém, John Travolta – que se tornara astro um ano antes graças ao sucesso ‘Os Embalos de Sábado à Noite’ – foi escolhido para o adolescente de 17 anos, Danny Zuko, mesmo estando com 24 anos.

Ele tinha participado como Doody da versão itinerante da peça musical. Seu sucesso em ‘Os Embalos…’ garantiu o papel, originalmente criado nos palcos pelos atores Barry Bostwick e Jeff Conaway. O último acabou interpretando Kenickie. Durante as filmagens, ele caiu e machucou as costas enquanto gravava a canção “Grease Lightning”. Após o acidente, passou a tomar remédios para aliviar a dor e se viciou em analgésicos. O vício durou até sua morte em 2011.

Jeff Conaway em Grease @ Reprodução

Quanto a Travolta, após Grease, sua carreira foi uma sucessão de fracassos até uma segunda chance em 1994 com ‘Pulp Fiction’, de Quentin Tarantino. Durou alguns anos até mergulhar numa sucessão de filmes de baixa qualidade.

Grease – Olivia Newton-John e John Travolta @ Reprodução

Aos 30 anos, Olivia Newton-John, que dava vida a doce adolescente Sandy, era uma estrela da música country que estava mudando para o cenário pop.

Em Grease, ela ganhou seu primeiro papel principal, porém, seu nome era o quinto da lista – o produtor britânico Allan Carr pensou em Carrie Fisher, Ann-Margret, Susan Dey e Marie Osborn, porém, Olivia aceitou uma redução no cachê em troca de uma porcentagem na bilheteira – que a tornou a mais bem paga cantora da década, graças ao retumbante sucesso.

Feita especialmente para o filme, a canção ‘Hopelessly Devoted To You’ só foi colocada depois do término das filmagens. A produção e direção percebeu que faltava uma canção de peso para a personagem Sandy. Assim, a atriz voltou a atuar como Sandy para interpreta-la. Resultado: ganhou uma indicação ao Oscar 79. Perdeu para ‘Thank God It’s Friday’, do filme ‘Até Que Enfim é sexta-feira’.

O filme também conta com a ótima Stockard Channing, que representava Betty ‘Rizzo’, a garota avançada e liberal, líder do grupo Pink Ladies. Responsável pelas melhores (e irônicas) frases do filme, a atriz tinha 34 anos quando interpretou uma garota de 17 anos.

Seu par romântico era Kenickie. Apesar de ser uma ótima atriz, sofreu por ser chamada de ‘Elizabeth Taylor menos bonita’. Com isso, só voltou a ter destaque em 1999, quando interpretou a Primeira-Dama Abbey Barlet na série ‘West Wing’, que rendeu o Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em 2002.