A Temporada do Oscar é uma maratona, mas é uma corrida com velocidade própria. Há dezenas de paradas de abastecimento pelo caminho.
Três grandes festivais (Berlin, Cannes e Veneza), prêmios das associações de críticos e dos sindicatos (atores, diretores, produtores, etc) e as primeiras cerimonias televisivas (Globo de Ouro, Critics Choice, Independent Spirit Award e BAFTA) servem como um Aquecimento do que pode (ou não) acontecer no domingo, 02 de março de 2025.
Porém, entre o anúncio dos indicados (17 de janeiro) e o dia da premiação, muita água passa embaixo desta ponte.
Oscar premia o melhor ou aquele que é de seu interesse?
Prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o Oscar é o principal prêmio da indústria do entretenimento dos EUA. Seu nome é tão forte que Emmy é o “Oscar da TV”, Tony é o “Oscar do Teatro” e Grammy é o “Oscar da Música”. Como toda a indústria, o premiado é aquele que é “relevante” para seus próprios interesses.
Acreditar que os vencedores são os melhores em suas áreas de atuação é muito relativo. Quase subjetivo.
Ok! Eventualmente isso pode acontecer, porém, seus 97 anos de existência comprovam que esta matemática não é lá muito exata.

Depois de anos sem premiados de relevância, a edição 2020 escolheu a ousada obra coreana “Parasita” como Melhor Filme (Oscar 2020). Naquele momento, a Academia parecia entrar em sintonia com que realmente estava acontecendo no resto do mundo. Ledo engano. Na edição 2022, o mediano “CODA/No Ritmo do Coração” foi o premiado.

No ano seguinte, o pretensioso “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” (que muita gente detestou) derrotou os ótimos “Os Banshees de Inisherin”, “Triângulo da Tristeza”, “Nada de Novo no Front” e “Tár”. Obras muito mais complexas em suas narrativas.
No ano seguinte, quem levou o prêmio foi o polêmico “Oppenheimer”. Derrotou “Pobres Criaturas”, “Assassinos da Lua das Flores”, “Anatomia de Uma Queda” e “Barbie”.
São pequenos exemplos de uma longa lista de incoerências e injustiças da história da premiação. Acreditar que, o Oscar premia o “melhor” é uma grande bobagem. Vence quem teve a melhor campanha nos meses anteriores.
Você coloca a mão no fogo pelo Oscar?

Há alguns anos o Globo de Ouro foi envolvido numa grande polêmica. Entre as acusações, que os estúdios “compravam” os jornalistas com jantares, viagens, mimos e outros “recebidos”. Em maio de 2021, Tom Cruise anunciou que iria devolver as três estatuetas do Globo de Ouro que recebeu ao longo da carreira.
O ato foi em protesto pelas notícias de falta de diversidade e corrupção envolvendo a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, entidade responsável pela premiação.
Até então, a premiação se apoiava na (falsa) ideia de ser o “melhor termômetro” do Oscar.

Mudanças aconteceram. Mesmo assim, a premiação perdeu boa parte de sua credibilidade.
No meio da confusão, alguém já se perguntou por que somente o Globo de Ouro foi denunciado? Não é a única associação que “premia” (ou “celebra”) filmes, séries, peças, atores e técnicos da indústria do entretenimento estadunidense?
Alguém bota a mão no fogo para afirmar com toda a certeza que outras premiações são 100% honestas, corretas e éticas? Que seus associados realmente fazem escolhas baseadas nos critérios de “melhor atuação” ou “melhor canção”?
Então…

Não concordo com a maioria das escolhas deles.
Acredito que há algum esquema de favorecimento ou o que chamam de “jogo de cartas marcadas”.
Não é possível que grandes nomes sejam ignorados até mesmo sem uma indicação.
Entre as maiores injustiças é a Glenn close ser indicada milhões de vezes e ser ignorada.
Analisando sua carreira, eu daria umas 3 estatuetas. Não tô falando de Globo de ouro…..e sim do OSCAR.
Ficaria aqui o dia todo listando várias injustiças ao longo da história da premiação.
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