10 comentários sobre “Não existe mercado de moda em Campinas e nem na região metropolitana”
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Semanalmente, recebo e-mail de recém-formados de cursos de moda procurando emprego. Infelizmente, não tenho como atender cada solicitação.Os comentários estão desativados.
Esta corretissimo em sua colocacao. O mercado é explorador e esta quase desaparecendo, os profissionais sao desvalorizados e disputam trabalhos com os ” tipo sobrinhos” sempre dispostos a quebrar galhos, aprende-se a copiar e nao a criar.
Quanto as outras areas de moda como visual merchandising, gestor ou consutor vejo apenas em grandes empresas como C&A, Renner, Canatiba entre outros e infelizmente nao atende a demanda de profissionais formados. Tive o prazer de coordenar por algumas vezes profissionais recem formados de diversas faculdades excelentes, e sua maioria nao tinha ideia do que estava fazendo.
Fora isso sou responsavel por producao de elenco na regiao em pelo menos 80% do horario nobre da regiao e quem quer ser modelo ou ator morre de fome se depender dos trabalhos regionais.
Nao somos um bando falando mal do mercado, somos pessoas que vivemos disso e estamos enfrentando dificuldades extremas por falta de valorizacao ou respeito. Eu tambem ja tive muita esperanca, mas ultimamente, acho que ela se foi.
Alias Marcelo agradeço a você umas das minhas primeiras oportunidades como sua assistente ha 6 anos atras, alias aprendo sempre com você, obrigada.
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Vc tem razao Marcelo, que esta no mercado sabe que vc nao ta falando besteira.
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Velho hábito da internet: quando falta argumento, ataca-se o argumentador!
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Se acha besteira, argumente. Isto é uma atitude mais civilizada do que simplesmente criticar.
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se acha o senhor da razão… quanta besteira eu li aqui!
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Jorge, você precisa retornar a alguma sala de aula em alguma escola decente. Digo isso por três motivos: ver como o perfil dos alunos que buscam cursos de moda tem mudado e buscado essas profissões que citei; aprender um pouco mais sobre moda, pois você ainda vive conceitos que “aprendeu” há 20 anos e, acima de tudo, melhorar o seu português, porque como um jornalista você escreve como um aluno de escola pública.
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Carlos, eu deixei bem claro que o artigo se direcionava a alunos de cursos de moda.
Alunos não se tornam compradores, gestores, visual merchandising sem alguma especialização. Ninguém oferece vaga para qualquer um destes alunos. Tenho uma pasta com grande quantidade de currículos que recebo de ex-alunos de moda que estão desempregados.
Quanto a questão dos vendedores, não acredito que um recém-formado em moda, por livre vontade, vá trabalhar no comércio. Até porque, em praticamente todas as lojas badaladas da cidade, sempre existe uma carência de profissionais – com ou sem experiência. O que dirá, um formado em algum curso de moda, que seria muito bem vindo.
Consultor de imagem? Sério que existe mercado desta profissão em Campinas? Quantos, fora uma pessoa em especial, que não vou citar seu nome, trabalha e sobrevive desta profissão?
Qual vasto mercado de moda existe em Campinas, que a legião de alunos que se forma anualmente não sabe que existe?
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Olá Jorge. Entendo seu ponto de vista, mas acho que você limitou a moda a profissão de estilista. Campinas é uma cidade com perfil comercial e, por isso, tem mercado para outras profissões do vasto universo da moda como compradores, gestores, merchandisers, consultores de imagem e até vendedores especializados.
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Marcelo, agradeço pelo complemento do artigo. Perfeitas colocações!
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Não existe mercado de moda no Brasil. As poucas marcas que contratam pessoal de estilo pagam pouco e muitas vezes mandam copiar e fazer ficha técnica das peças europeias adaptadas.
A área de modelagem sofre, existem poucas modelistas/pilotistas acostumadas a trabalhar com moulagem e Demi-Couture. Isso afeta diretamente a criação de coleção e trabalhos mais desenvolvidos.
Boa parte das empresas são capital aberto, fato que deteriora o desenvolvimento artístico devido a busca por lucros e mais lucros. A Le Lis Blanc é um ótimo exemplo, quando não era da Restoque ainda possuia em certo desenvolvimento. Hoje suas peças são 80% importadas da China. No outro lado estão as marcas que “desenvolvem” o SPFW, se cartelizam e o espaço para novos estilistas fica extremamente restrito.
Não obstante o mercado de tecidos sofre com as importações chinesas, mas poucas indústrias brasileiras procuram profissionais para desenvolver novas tecnologias e armações. Pois, este tipo de profissional é caro e se retorno muitas vezes é negativo (financeiramente).
No último ponto do processo está o consumidor, que se apega a símbolos e propagandas, preferindo uma marca com produtos comuns e nada inovadores a outras que procuram desenvolver artisticamente e com embasamento seus produtos. Isso colocado na ponta do lápis, faz com que mesmo marcas como Osklen, Reinaldo Lourenço entre várias outras copiem desfiles internacionais e vendam o mesmo look mais barato. Portanto, quando um trabalho é mais autoral não se sustenta, veja a Neon, que fechou seu atelier e só licencia produtos hoje.
O mercado de têxtil no Brasil ainda engatinha, infelizmente, se não for renovado, planejado, mesmo sendo a área que mais emprega (depois da construção civil) continuará feudal e pouco artístico.
Ps: Quanto ao ponto da matéria que diz sobre abrir atelier e esperar retorno a longo prazo, realmente é uma das poucas soluções, mas é preciso muito capital, em uma estimativa real, para se iniciar uma empresa desse caráter e conseguir mantê-la funcionando, em um ponto comercial é preciso no total de aproximadamente 300 mil reais.
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