
É engraçado analisar o jovem hoje em dia. Não que eu esteja velha o suficiente para falar da minha época de juventude, mas, mesmo que, num passado não tão distante, as coisas eram bem diferentes.
Nasci junto com o computador, acompanhei a virada do século, milênio, dois supostos fins de mundo e vivi na época do vídeo k7. Nesse período, domingueiras eram bem comuns, assim como modismos e influências inconscientes das telenovelas, como os tererês e as saias plissadas. Nós vivíamos no período das tribos urbanas e nossos pais não nos deixavam usar maquiagem e esmalte vermelho.

A geração atual, conhecida como “Z” – que são os nascidos entre o final da década de 1990 e 2010 – é formada por jovens prodígios. A capacidade da globalização e tecnologia de diminuir o tempo e o espaço entre as pessoas fez com que eles tivessem um crescimento prematuro.
O acesso a todo tipo de informação dá a eles conhecimentos sobre a vida sexual aos 13 anos, as meninas começam a namorar mais cedo e até engravidar! Os assuntos são maduros para a idade, assim como a diversão e os programas que assistem.
As referências de moda são muito maiores, pois não se prendem mais a modismos de televisão. As meninas buscam sua identidade em blogs, it girls, séries, revistas e redes sociais ao redor do mundo, fazem compras internacionais e fogem de grupos estereotipados.

“Eu me visto muito diferente das minhas amigas. Minhas referências são Alexa Chung, Cara Delavigne, The Brit Fashion Awards e blogs de moda em geral. Na minha escola o estilo de cada um é bem diferente, alguns são country, outros indie, depende, mas todos buscam informações na internet, é um instrumento fundamental!” afirma Carolina Castro, de 14 anos.
Personalidade e independência são as palavras que definem essa geração. São antenados, muito inteligentes, espertos e apressados. Mudam com a mesma rapidez que um produto novo da Apple e gostam dessa vida corrida e urbanizada.
