Com os conceitos de gênero embaralhando as cartas dos mais jovens, o Pixie Cut, conhecido no Brasil como Joãozinho, voltou à cena nas cabeças mais estrelas da celebridades. Em diversos momentos, estrelas adotaram o corte como mudança de imagem, rompimento de uma fase da vida ou simplesmente, para modernizar sua imagem. Desde seu surgimento, o corte moderniza o visual.
Confira alguns momentos da história do Pixie Cut, desde os anos 50 até hoje.
Elizabeth Taylor usava cabelos curtos desde que apareceu no filme ‘Little Women’, em 1949 – filme que serviu de transição de adolescente para adulta. Mas foi em 1953 que surgiu com o Pixie Cut, destacando ainda mais seus olhos violeta.

No mesmo ano, Audrey Hepburn ganharia o mundo (e um Oscar) pelo papel no filme ‘A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday, no original)’. Um ano depois, para seu papel em ‘Sabrina’, ela radicalizou, tosando ainda mais as madeixas. Resultado: seu corte de cabelo ganhou status fashion, tornando-se uma das imagens mais marcantes da carreira da atriz belga.

Dois anos depois, a francesa Leslie Caron entraria para a galeria de estrelas de cinema com o premiado filme ‘Um Americano em Paris’. Antes de começar as filmagens, ela perguntou ao cabeleireiro qual corte de cabelo deveria ter uma modelo que volta para casa. Quando se recusou fazer o corte, a atriz pegou as tesouras e cortou suas madeixas para desespero dos produtores, que foram obrigados a engolir a ideia.

Em 1960, a francesa Jean Seberg ganhava as páginas dos jornais como o interesse romântico do diretor Jean-Luc Godar, que a dirigia no clássico ‘Acossado’. Ao mesmo tempo, ela galgava o posto de uma das primeiras ‘it-girls’ dos anos 60, em grande parte pelo sucesso do seu corte de cabelo loiro e curtinho.

No auge do Pop Art, a milionária americana Edie Sedgwick se tornava musa de Andy Warhol, que a transformou em modelo, atriz e uma badalada it-girl, que viveu intensamente os excessos dos anos 60, com direito ao consumo excessivo de todo tipo de drogas. Seu corte de cabelo marcou uma geração.

Segundo a lenda, a adolescente de 15 anos Lesley Hornby entrou num salão de beleza em Londres, ganhou oito horas se revezando entre as tesouras de Leonard Lewis e o colorista Daniel Galvin, para sair com um Pixie Cut com franjão, no tom loiro ‘strawberry’, pronta para se tornar o fenômeno mundial chamado Twiggy, em 1966.

Vidal Sassoon garantiu seu lugar como um dos cabeleireiros mais famosos do mundo no momento que passou as tesouras nos cabelos de Mia Farrow, na transição de sua personagem no clássico ‘O Bebê de Rosemary’. O sucesso do corte foi um divisor de águas na carreira da atriz e do cabeleireiro.

Quando se preparava para filmar ‘Cabaret’, em 1972, Liza Minnelli contou que seu pai a incentivou a assumir o Pixie Cut com dramático recorte no meio da franja. “Eu achava que todo mundo nos anos 30 se parecia com Marlene Dietrich”, contou a revista Harper’s Bazaar. “Eu conversava com meu pai e ele contou ‘Existem outras pessoas que foram maravilhosas, como Louise Brooks’. Assim, eu olhei uma foto e ele me explicou sobre o que é ser diferente”. Nunca mais abandonou este corte de cabelo.

Sumido por mais de década, graças a profusão de cabelos longos (Black Power, Pigmaleão, Pantera, Era Disco, Permanente, Mullet, etc), Annie Lennox surgiu no clipe de ‘Sweet Dreams Are (Made of This’) com uma versão cenoura do Pixie Cut, que se tornou o símbolo da modernidade no momento que o Permanente reinava soberano.

Em 1986, na primeira (das diversas) guinada em sua carreira, Madonna assume uma versão platinada do Pixie Cut na fase True Blue.

Três anos depois, no auge das Supermodels, Linda Evangelista passou pelas tesouras de Julien d’Ys, sofisticando sua imagem e criando uma marca registrada de sua carreira.

Winona Ryder era o nome mais quente da primeira parte da década de 90, graças aos filmes ‘Atração Mortal’, ‘Edward Mãos de Tesoura’, ‘Minha Mãe É uma Sereia’, ‘Drácula de Bram Stoker’, ‘A Época da Inocência’, ‘Caindo na Real’ e ‘Adoráveis Mulheres’. Também ficou famosa sua lista de namorado, que incluía Johnny Depp, Matt Damon, Christian Slater, David Pirner (do Soul Asylum) e Blake Sennet (do Rilo Kiley). Seu corte de cabelo virou a marca da cena ‘grunge’.

Conhecida pelos longos cabelos loiros, em 1997, Gwyneth Paltrow adotou o Pixie Cut quando era a ‘namorada’ de Brad Pitt. Chegaram a ficar noivos, mas ela desistiu e o trocou por Ben Affleck… Enfim… Na época do namoro com Brad, ela adotou o Pixie Cut. No ano seguinte, ganharia o (inacreditável) Oscar de Melhor Atriz por ‘Shakespeare Apaixonado’, vencendo Fernanda Montenegro (indicada por ‘Central do Brasil’).

Poucos cortes causaram tamanha polêmica do que o usado por Keri Russell em 1999. Um ano antes, ela conheceu o sucesso graças ao papel em ‘Felicity’, que rendeu um Globo de Ouro de Melhor em Atriz em Série Dramática. No meio da segunda temporada, Phillip Carreon cortou suas madeixas, assumindo uma versão ondulada do Pixie Cut. Ela fez sua estreia na 51ª Edição do Emmy, em setembro. Foi um choque. Além dos produtores da série, os fãs odiaram. A atriz, por outro lado, adorou: “Foi ótimo para mim. Foi como uma libertação, por que eu usava aquele cabelão desde meus 15 anos”. Apesar de adorar a experiência, seu cabelo jamais voltou a ser tão curto.

Sua marca registrada, Halle Berry adotou o Pixie Cut, em 1989, após o cancelamento da série ‘Living Dolls’, seu primeiro trabalho. Na época, ela entrou em coma graças a uma diabetes Tipo 1. Em 1991, chegou às telas com o papel de uma junkie no cultuado ‘Febre na Selva’, de Spike Lee, fez alguns filmes sem muita expressão até ganhar um ótimo papel em ‘Politicamente Incorreto’, em 1998, de Warren Beatty. No ano seguinte, fez ‘Indroducing Dorotyhy Dandridge’, que rendeu o Globo de Ouro de Ouro e o Emmy de Melhor Atriz e virou estrela internacional como o papel de Tempestade, no primeiro filme da saga ‘X-Men’. No ano seguinte, com ‘A Última Ceia’, ela se tornaria a primeira atriz negra a ganhar o Oscar de Melhor Atriz.


Filha do cantor country Billy Ray Cyrus e sucesso mundial graças a série ‘Hanna Montana’ (com direito a 20 milhões de álbuns vendidos), Miley Cyrus chocou meio mundo em agosto de 2012 quando surgiu com Pixie Cut platinado. Obra das tesouras de Chris McMillan, o cabelo foi anunciado no Twitter da cantora com a frase ‘Tick tock tick tock’. A internet caiu. Se não bastasse, o novo corte acompanhou a chegada de uma cantora com atitude rock’n’roll, flertando com a ousadia e sensíveis causas sociais – anos luz de distância da imagem de princesa perfeita construída anteriormente. Resultado: uma nova legião de fãs!

Confira outras estrelas que adotaram o Pixie Cut.
Tenho uma amiga, Carmen Palma, que usa adotou há alguns anos o Pixie Cut. Virou sua marca registrada também!


Adorei a matéria!!! Adorooooo meus cabelos curtinhos!!!
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