A comédia musical Victor ou Victoria? completará 40 anos em maio de 2022. Grande momento do diretor Blake Edwards, o filme é estrelado por Julie Andrews, James Garner, Robert Preston, Lesley Ann Warren, Alex Karras e John Rhys-Davies.
Na Paris de 1934, Carroll “Toddy” Todd, um artista gay de meia-idade atua no Club Chez Lui, assiste uma audição da soprano, Victoria Grant. Apesar da bela voz, o dono, Sr. Labisse, a considera ‘sem sal’.
De volta ao horroroso hotel que mora, ela é expulsa por falta de pagamento. Ao encontrar uma barata, ela tem a brilhante ideia de fazer uma refeição completa num restaurante, deixando a salada para o final. Ela planeja soltar o inseto no meio das folhas. Assim, sairia sem pagar. Porém, ela encontra Toddy e as coisas fogem do controle.
Rapidamente tornam-se amigos. Quando ela defende Todd de um namorado aproveitador, o amigo tem uma grande ideia: transformar Victoria em Victor, ou melhor, no Conde Grazinsky – a maior drag queen da Europa.
O sucesso é imediato. Na plateia, o gângster King Marchan (James Garner) fica encantado com a apresentação. Isto incomoda sua namorada, Norma Cassidy. A revelação final que se trata ‘supostamente’ de um homem coloca as coisas em outra perspectiva.
Logo, eles se apaixonam, porém, apesar de parecer uma loira burra e escandalosa, Norma Cassidy é esperta. De volta aos EUA, ela procura um poderoso mafioso, que é sócio de King, em busca de vingança.
Enquanto isto, o casal King e Victoria tenta conciliar a paixão ao mesmo tempo do sucesso dos palcos do Conde Victor Grazinski.
Com um elenco excepcional, trilha sonora inesquecível (assinado pelo genial Henry Mancini) e roteiro ágil, divertido, ousado e irônico, Victor/Victoria continua com todo o frescor quatro décadas depois de seu lançamento.
- Algumas curiosidades sobre o filme:
Julie Andrews, Robert Preston e Lesley Ann-Warren foram indicados ao Oscar, assim como o Roteiro, Direção de Arte, Figurinos e Trilha Sonora (venceu); - No Globo de Ouro, Julie ganhou como melhor atriz de comédia/musical, assim como o David di Donatello Awards e Kansas City Film Critics Circle Awards 1982;
- Tom Selleck esteve cotado para interpretar o personagem King Marchand, mas teve que desistir do personagem devido ao seu trabalho na série de TV Magnum;
• Julie e Blake foram casados de 1969 até a morte do diretor, em 16 de dezembro de 2010. Fizeram oito filmes junto; - É um remake de um filme alemão de 1933 chamado Viktor und Viktoria, escrito e dirigido por Reinhold Schünzel a partir de um tratamento original da história de Hans Hoemburg;
- O figurino usado por Julie Andrews no número de The Shady Dame From Seville é o mesmo usado por Preston no final do filme. A figurinista Patricia Norris fez ‘adaptações’ para servir no corpo do ator. Babados de seda preta foram adicionados à parte inferior da roupa para esconder as diferenças de altura. O tecido é um crepe preto e marrom, com finos fios de ouro bordados, que quando aceso parece ter uma aparência molhada;
- Os números vocais apresentados nos clubs tem coreografia de Paddy Stone;
- As canções são “Gay Paree” – Toddy, “Le Jazz Hot!” – Victoria, “The Shady Dame from Seville” – Victoria, “You and Me” – Toddy, Victoria, “Chicago, Illinois” – Norma, “Crazy World” – Victoria e “Finale/Shady Dame from Seville (Reprise)” – Toddy;
- A primeira exibição do filme aconteceu em 16 de março de 1982 no Festival de Cinema de Los Angeles. Três dias depois, aconteceram as estreias simultâneas em Nova York, Los Angeles e Toronto;
- No Rotten Tomatoes, Victor ou Victoria? teve taxa de aprovação de 97% com base em 33 avaliações, com o consenso do site: “Impulsionado por uma fantástica guinada de Julie Andrews, o gênero musical de Blake Edwards é afiado, engraçado e divertido em geral.”;
- No Metacritic, tem uma pontuação de 84 em 100 com base em avaliações de 12 críticos, indicando “aclamação universal”:
- Roger Ebert, do Chicago Sun-Times, deu-lhe 3 de 4 estrelas e escreveu: “Não apenas um filme engraçado, mas, inesperadamente, um filme caloroso e amigável.”[7] Todd McCarthy da Variety chamou de “entretenimento ultra-sofisticado de Blake Edwards”;
- Em 2000, American Film Institute incluiu o filme na 76ª posição da lista ‘AFI’s 100 Anos… 100 Gargalhadas’.

- Em 1995, o filme foi adaptado para a Broadway com Julie e Blake Edwards como protagonista e diretor. Estreou na Broadway em outubro. Após 734 apresentações encerrou a temporada em julho de 1997. Antes disto, quando saíram as indicações ao Tony 1995, Julie Andrews ficou indignada por ser a única atriz nomeada. Ela recusou participar da cerimônia – causando grande polêmica na época. Apesar disso, continuou na montagem até 1997, quando tirou umas férias de quatro semanas. Liza Minnelli assumiu o papel. Pouco depois, Julie teve um problema nas cordas vocais, que resultou num câncer. Ela perdeu a voz. Processou o cirurgião em U$ 20 milhões de dólares. Raquel Welch foi sua substituta definitiva.
- Se tivesse aceitado a indicação ao Tony (ela seria a vitoriosa), Julie Andrews seria integrante do ‘clube’ EGOT. Oscar de Melhor Atriz em 1965 por ‘Mary Poppins’, que também rendeu o Grammy de Melhor Gravação para Crianças. E Emmy de apresentadora em 1973 por ‘The Julie Andrews Hour’.



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