Documentário Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas está na plataforma MAX

Com direção da cineasta Nanette Burstein, o documentário “Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas” estreou na plataforma MAX. O filme foi seleção oficial do Festival de Cinema de Tribeca de 2024 e teve a sua estreia mundial no Festival de Cinema de Cannes de 2024.

Ele permite que a própria voz de Elizabeth Taylor narre a sua história, convidando o público a redescobrir não só uma das maiores estrelas da Era Dourada de Hollywood, mas também uma mulher muito complexa e cheia de nuances que navegou ao longo da vida pela fama, identidade pessoal e escrutínio público num palco global desde a infância.

Elizabeth Taylor @ Reprodução

Através de entrevistas recentemente recuperadas com Elizabeth Taylor e do acesso sem precedentes ao arquivo pessoal da estrela de cinema, o documentário revela o complexo interior e a vulnerabilidade da lenda de Hollywood, enquanto desafia o público a recontextualizar as suas conquistas e o seu legado.


Em 1964, no auge da sua fama, Elizabeth Taylor conversou com o jornalista Richard Meryman numa extensa e sincera entrevista.

Elizabeth Taylor @ divulgação

Com base em 40 horas de entrevistas áudio recém-descobertas e no incrível acesso a fotos pessoais, filmes amadores, entrevistas de arquivo e imagens noticiosas, ilustradas com vídeos dos papéis icónicos que refletem os seus desafios e triunfos da vida real, “Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas” fornece o retrato mais íntimo da atriz até à data.

Elizabeth Taylor @ Divulgação

Dona de muita sinceridade, irreverência e por vezes autodepreciativa – que chega a assustar, Elizabeth Taylor conta sobre sua estreia nas telas em “Lassie, o Regresso”, de 1943 e a sua longa luta para se libertar das limitações de papéis ingénuos pelas imposições dos estúdios – e principalmente por suas limitações como atriz – que ela assume sem o menor pudor.

Elizabeth Taylor como Cleopatra @ divulgação

O documentário transita por sua carreira, ao mesmo tempo em que mostra seus casamentos, desde o primeiro com o abusivo e violento Conrad Hilton Jr (1950-1951), quando ela estava com 18 anos, passando pelo ator inglês Michael Wilding (1952-1957), Mike Todd (1957-1958 – morto numa acidente de avião), Eddie Fisher (1959-1964), Richard Burton (1964-1974 e 1975-1976) e John Warner (1976-1982). O último foi Larry Fortensky (1991-1996, deixado de fora pela produção).


Paralelo a sua tumultuada vida pessoa, sua carreira atingiu seu auge quando ganhou seu primeiro Oscar de Melhor Atriz por um filme que ela odiava “Disque Butterfield 8” – que ela garante que a Academia só a premiou graças a sua cirurgia de traqueostomia, no qual quase morreu. Seu segundo Oscar chegou em 1967 pelo papel de Martha no filme “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?”, que ela reconhece ser sua melhor atuação.

Elizabeth Taylor 1992 @ divulgação

O suntuoso, caríssimo e complicadíssimo “Cleópatra” merece destaque. Elizabeth foi a primeira artista a ganhar U$ 1 milhão pelo filme. Graças a ele, conheceu Richard Burton, que se tornou seu quinto e sexto marido.

Elizabeth Taylor também fala sobre suas amizades com atores gays, como Montgomery Clift, Rock Hudson e Roddy McDowall. Ela os adorava – principalmente porque, como ela afirmava, eram maravilhosos e não a desejavam – e isso era muito importante para uma mulher que despertava muita curiosidade sobre sua vida privada.

Richard Burton e Elizabeth Taylor @ divulgação

Revelando as camadas de um dos ícones mais duradouros do cinema, as conversas revelam uma mulher em desacordo com a sua imagem nas telas ansiando por respeito e protagonismo, enquanto se encontra sempre sob o microscópio do escrutínio da imprensa e do público. Que, alias, ela também adorava e entendia as regras.

Elizabeth Taylor – As Fitas Perdidas @ divulgação

“Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas” oferece um olhar sem precedentes para a vida de uma mulher que desafiou as expectativas da época, demorou para encontrar paz dentro de si e que consolidou o seu legado ao virar o jogo na sua própria fama, tornando-se uma feroz ativista e defensora da Comunidade LGBTQIAP+.

Juntamente com Elizabeth Taylor, o documentário conta com as vozes dos atores Roddy McDowall, Debbie Reynolds, Richard Burton, George Hamilton, o produtor Sam Marx, os agentes Marion Rosenberg e John Heyman, o assistente de longa data e coadministrador Tim Mendelson e os amigos Liz Smith e Doris Brynner.
A HBO Documentary Films apresenta ELIZABETH TAYLOR: THE LOST TAPES, um filme Zipper Bros com produção de Gerber Pictures, Sutter Road Picture Company e Bad Robot em associação com House of Taylor. Realizado por Nanette Burstein; produzido por J. J. Abrams, Sean Stuart, Glen Zipper, Bill Gerber e Rachel Rusch Rich; com produção executiva de Nanette Burstein, Barbara Berkowitz, Tim Mendelson e Quinn Tivey. Para a HBO as produtoras executivas são Nancy Abraham, Lisa Heller e Sara Rodriguez.

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