Nomes da Moda: Madame Grès

Madame Grès (nome de seu marido Serge ao contrário) nasceu na Grécia, em 1903, com o nome de Germaine Émilie Krebs – mais tarde também ficou conhecida como Alix Barton.
Desde pequena, sonhava em virar escultora e traduziu sua paixão para a moda, criando vestidos com drapeados, sem nenhuma ornamentação e quase sempre brancos, marfim e perolados, que lembravam as esculturas gregas.
Vestiu Wallis Simpson, Vivian Leigh, Greta Garbo, Marlene Dietrich, Jackie Onassis e Grace Kelly, influenciando gerações de estilistas por sua habilidade técinica que marcou a história da Alta Costura.
Muitas vezes criava seus modelos no próprio corpo da cliente, com preocismo absoluto, tornou-se uma mestre na produção do drapeado, o que intrigava a todos por trabalhar com metros de tecidos numa única peça, sem deixar nenhum volume.
Explicava que quando criava uma roupa no corpo da cliente, o tecido – na maioria das vezes jerseys de seda – deveria ficar do jeito que caia, aproveitando o seu movimento natural.
Sempre vestida com um turbante de seda e uma tesoura pendurada no pescoço, odiava aparecer em público. Por este motivo, encontra-se poucas fotos da mesma, priorizando, isto sim, suas criações.
Grès teve sua loja fechada pelos alemães durante a guerra, porque toda sua vitrine estava com cores da bandeira da França. Mudou-se então para os Pirineus, onde ficou até sua morte em 1993.
Além dos drapeados, ficou conhecida pelo tubinho preto e pelo famoso perfume ‘Cabochard’, criado em 1959.
Em março passado, Madame Grès ganhou uma retrospectiva no Musée Bourdelle, em Paris, com 80 peças que vieram do Museu Galliera, de coleções particulares, além de 50 fotos de Richard Avedon e Guy Bourdin.
É a primeira exposição organizada com suas criações.
Ela fica em cartaz até 24 de julho.

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