No dia 30 de junho passado, O Diabo Veste Prada completou 10 anos. Um dos clássicos de Hollywood sobre o mundo da moda, ele se mantem fresco e atual. Para celebrar, o site Variety entrevistou as estrelas Meryl Streep, Emily Blunt e Anne Hathaway.
Entre as revelações, Meryl contou quem foram suas inspirações para interpretar Miranda Priestly – personagem baseado na Editora-Chefe da Vogue America, Anna Wintour, a partir do livro homônimo de Lauren Weisberger, lançado em 2003. “A voz eu copiei do Clint Eastwood, porque ele nunca, nunca, nunca aumenta o tom de voz. Todo mundo tem que se aproximar para ouvir e ele vira automaticamente a pessoa mais poderosa do lugar”. Já na composição física, a modelo Carmen Dell’Orefice (o cabelo) e a política francesa Christine Lagarde (elegância e autoridade). O toque final veio das lembranças do diretor Mike Nichols, que era irônico e cruel em seus comentários.

Ela ainda contou que quase rejeitou o papel porque a oferta era muito baixa. A produtora teve que dobrar o salário da atriz para que ela aceitasse. “Eu tinha 55 anos e recém havia aprendido a lidar com as coisas ao meu favor”.
Conhecida por seu perfeccionismo e maestria técnica de composição, durante as filmagens, Meryl modificou falas e sugeriu situações que não constavam no roteiro, como o momento no qual Miranda surge sem maquiagem no hotel em Paris, falando sobre o fracasso do seu casamento. Quanto a fala, na frase final, ela mudou de “Todos querem ser como eu” para “Todos querem ser como nós”. (Nota do editor: ou seja, imagina como o roteirista Aline Brosh McKenna e o diretor David Frankel gostaram da ideia…).
O resultado foi um sucesso de bilheteria. Custou U$ 35 milhões e rendeu U$ 124.740 milhões no mercado americano + U$ 201,810 milhões no mercado internacional. Mudou as carreiras de Anne Hathaway e Emily Blunt e apresentou a premiadíssima Meryl para a nova geração. Pelo papel, ela ganhou o Globo de Ouro (na época, o sexto, depois ganhou mais dois) de Melhor Atriz em Comédia/Musical e uma indicação ao Oscar 2007.
A carreira de Anne Hathaway decolou com sua Andy Sachs, personagem principal do livro homônimo de Lauren Weisberger, sobre sua experiência como assistente de Anne Wintour, na Vogue. “O que mais eu posso dizer sobre o filme que mudou minha vida? Obrigado ‘O Diabo Veste Prada’, feliz aniversário de dez anos! Não deixe que a data o faça se sentir velho, estilo é para sempre”, contou a simpática atriz em sua conta no Instagram. Depois do filme, Anne foi indicada ao Oscar por ‘O Casamento de Rachel’, em 2009 e levou o prêmio como coadjuvante pelo musical ‘Les Misérables’, em 2013.
‘O Diabo Veste Prada’ se transformou num clássico da nova geração. Um dos resultados deste sucesso foi a população do mercado de moda, o surgimento das blogueiras e, na sequência, das ‘it-girls’, que mudaram o mercado publicitário no Brasil. 

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