A história da confeitaria

Artigo assinado por @chefjocielibobinski

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A história da confeitaria é adorável. Cada doce tem em sua origem diferente. Comemorações, relatos de amor, vitórias, ou até mesmo o medo dos jovens que estavam aprendendo, e ao tentar esconder de seus mestres os erros cometidos na receita, acabavam descobrindo ideias geniais que se transformaram em doces clássicos. Por muito tempo o prazer da mesa foi associado ao pecado da gula, pois os raros relatos que encontramos eram considerados naquela época uma perda de tempo.

Cannoli @ Ivan Pacheco para a Veja

Os primeiros registros de doces datam do século I a.C – época de Cícero, o grande filósofo romano. Os cremes e pudins eram produzidos através da mistura de ovos, mel, leite e pimenta-do-reino, e depois assados ou cozidos até ficarem numa consistência densa. Também era comum o hábito de caramelizar amêndoas e avelãs com mel, obtendo algo parecido ao nosso pé-de-moleque, além de rechear frutas secas com nozes para festividades. Antonin Carême foi o primeiro confeiteiro do mundo.

Macarrons @ divulgação

A confeitaria do Brasil se desenvolveu com base nas receitas portuguesas, que aos poucos foram adaptadas aos nossos ingredientes e clima. A confeitaria artística brasileira tornou-se novamente um exemplo de produtos estrangeiro que foi muito bem-adaptado à realidade do nosso país, fazendo nascer algo ainda melhor.

Cake Awards 2021 Vencedor Guilherme Postigo @ Divulgação

Antes, os bolos precisavam ser muito secos e firmes para aguentar todo o peso das decorações de açúcar, algo que ainda podemos ver em muitos lugares. Mas aqui conseguimos desenvolver receitas e novas técnicas de decoração para criar um bolo macio, úmido e finamente decorado, algo que parece uma contradição em outros países.
O primeiro doce feito e consumido foi o cannoli.