
Post assinado pela @chefjocielibobinski
A história da confeitaria é adorável. Cada doce tem em sua origem diferente. Comemorações, relatos de amor, vitórias, ou até mesmo o medo dos jovens que estavam aprendendo, e ao tentar esconder de seus mestres os erros cometidos na receita, acabavam descobrindo ideias geniais que se transformaram em doces clássicos. Por muito tempo o prazer da mesa foi associado ao pecado da gula, pois os raros relatos que encontramos eram considerados naquela época uma perda de tempo.

Os primeiros registros de doces datam do século I a.C – época de Cícero, o grande filósofo romano. Os cremes e pudins eram produzidos através da mistura de ovos, mel, leite e pimenta-do-reino, e depois assados ou cozidos até ficarem numa consistência densa. Também era comum o hábito de caramelizar amêndoas e avelãs com mel, obtendo algo parecido ao nosso pé-de-moleque, além de rechear frutas secas com nozes para festividades. Antonin Carême foi o primeiro confeiteiro do mundo.

A confeitaria do Brasil se desenvolveu com base nas receitas portuguesas, que aos poucos foram adaptadas aos nossos ingredientes e clima. A confeitaria artística brasileira tornou-se novamente um exemplo de produtos estrangeiro que foi muito bem-adaptado à realidade do nosso país, fazendo nascer algo ainda melhor.

Antes, os bolos precisavam ser muito secos e firmes para aguentar todo o peso das decorações de açúcar, algo que ainda podemos ver em muitos lugares. Mas aqui conseguimos desenvolver receitas e novas técnicas de decoração para criar um bolo macio, úmido e finamente decorado, algo que parece uma contradição em outros países.
O primeiro doce feito e consumido foi o cannoli.

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