Natural de Willard, no estado do Missouri, EUA, Chappell Roan (nascida Kayleigh Rose Amstutz em 19 de fevereiro de 1998) chama a atenção por sua voz potente e algo angelical (um toque Stevie Nicks e Lana Del Rey ), visual inspirado em 1980 (elementos de Cyndi Lauper, Boy George, Vivienne Weswood) e drag-queen (como Violet Chacki), presença cênica com elementos da cultura Camp, com doses de empolgação, cafonice, humor e irreverência.
Seu primeiro single “Good Hurt” foi lançado em 2017. Recebeu algumas resenhas positivas e fez sua primeira turnê “Lay It On Me Tour”. Em 2020 lançou “Pink Pony Club”. Nada se destacou. Depois de uma pausa, lançou uma série de canções independentes.
Em março de 2022, lançou “Naked in Manhattan” com produção da Dan Nigro – um dos produtores do hit “Drivers License” de Olivia Rodrigo, que alias a convidou a abrir a primeira parte de sua turnê “Soul Tour”. Em agosto lançou a dançante “Femininomenon”, com elementos inspirados em Mazzy Star e Radiohead.
Em fevereiro de 2023, Chappel viajou com a turnê “Naked in North America”. Para cada apresentação, ela sugeriu que os fãs usassem roupas campy feitas da forma mais rtesanal possível. Inspirada pelo cantor Orville Peck, ela convidou drag queens para abrir suas turnês. Ganhou elogios de Jem Asward da Variety: “Você reconhece quando uma nova artista está prestes a decolar, como aconteceu com Lorde em 2013 de Billie Eilish em 2019”.
Entre março a agosto, lançou os singles “Casual”, “Kaleidoscope”, “Red Wine Supernova e “Hot to Go!”.
Finalmente em setembro lançou o álbum de estreia, “The Rise and Fall of a Midwest Princess”, com 14 músicas que reverberam sua autenticidade e originalidade. Ela incluiu todos os singles lançados até então, além de inéditas, como as ótimas “Red Wine Supernova” e “Super Graphic Ultra Modern Girl”.
Sobre seu álbum, ela revelou: “Após quatro anos de trabalho, chega o meu álbum de 14 músicas, um projeto que conta histórias de descoberta do meu verdadeiro eu e a aceitação da minha identidade queer. Com o contraste entre minha criação no centro-oeste e viver em uma das maiores cidades dos EUA, ‘The Rise and Fall of a Midwest Princess’ espelha a montanha-russa de ser a estrela pop que sempre quis ser”.
Em seguida, abriu a turnê “Guts World Tour”, de Olivia Rodrigo, nos EUA e Canadá e do Festival Coachellla em abril passado. Participou do Tiny Desk (Home) Concerts, onde apresentou “Casual”, “Pink Pony Club”, “Picture You”, “California” e “Red Wine Supernova”. Ela e sua banda de garotas usaram looks cor-de-rosa. O Tiny Desk é uma apresentação ao vivo da NPR Music na mesa do ex-apresentador do All Songs Considered, Bob Boilen, em Washington, D.C.
Na sequência, esteve no programa “The Late Show with Stephen Colbert” no qual apresentou uma versão incandescente de “Red Wine Supernova”. Foi um sucesso. O resultado: mais de 95 milhões de streams no Spotify.
No início de junho de 2024, o álbum entrou no Top 10 da Billboard Top 200. Também entrou na posição 8 da Top Album Sales, tornando-se o vendido na semana, com um aumento de 168%. O single “Good Luck, Babe!” atingiu a posição 77 no chart. A faixa também se destaca no Spotify Global, alcançando a posição 34, com mais de 2.3 milhões de streams. Ao todo, “Good Luck, Babe!” ultrapassa 16 milhões de reproduções na plataforma.
No dia 09 de junho, ela foi convidada para se apresentar na Casa Branca num evento que celebra o Orgulho LGBTQ+, porém, recusou. “Em resposta à Casa Branca, que me pediu pediu para me apresentar no Orgulho. Queremos liberdade, justiça e liberdade para todos. Quando você fizer isso, é quando eu irei”, citando também o conflito entre Israel e Palestina, além dos direitos da população Trans.
Sua estética queer vem de sua admiração do visual e artistas como Pabllo Vitter, como declarou a Billboard Brasil: “A paixão do brasileiro pela arte… Todo mundo diz que o público no Brasil é o melhor. Todo mundo para quem já perguntei responde isso. E eu amo Pablle Vittar. Ela foi a primeira que encontrei (na música brasileira). Eu a sigo (nas redes sociais) há muitos anos. Eu não sei politicamente como é a vibe queer no Brasil e eu adoraria saber mais, mas eu amo como tudo parece ser queer lá”.
Bom, gata, não é bem assim, mas valeu! Sua voz, música, estética 1980, humor e irreverência nos palcos a colocam como uma das mais promissoras vozes do Pop Music atual.
MONDO MODA 