Durante a pandemia, Ana Elisa Egreja buscou refúgio na pintura de saboneteiras. O resultado pode ser conferido no livro bilíngue Saboneteiras, lançado pela Act. Editora, em parceria com a Galeria Leme.
Com quatro opções de capa, prefácio de Jac Leirner, poema de Carola Saavedra, texto crítico de Ann Gallagher, edição de Marina Dias Teixeira e organização de Fernando Ticoulat e João Paulo Siqueira Lopes, a publicação reúne criações da artista realizadas durante o período de isolamento, entre 2020 e 2021.

Com projeto gráfico de Felipe Sabatini e Nina Farkas (Gabinete Gráfico), o livro apresenta 31 saboneteiras.

Além delas, a artista pintou mais cinco, que foram expostas no estande da Galeria Leme em abril, durante a 18ª edição da SP-Arte.

Materiais e texturas são parte da identidade das obras dessa série, que retrata – em uma vasta gama de cores e composições minuciosas – elementos vistos como banais, mas que nos transportam a memórias e lugares de afeto associados ao ambiente doméstico.

A curiosidade é que os cenários, por mais reais que pareçam, foram todos inventados pela pintora. Tudo foi inspirado por milhares de imagens de azulejos de todos os tipos, catalogadas em pesquisas pela artista. A partir dessas referências, Egreja criou recortes e imagens únicas, como uma saboneteira com azulejos de Athos Bulcão.
“Pintar banheiros e saboneteiras já fazia parte do meu trabalho. O que eu fiz foi dar um zoom num detalhe que já era presente na minha pintura de interior. Já pintei maçanetas e agora os pratos, que são desdobramentos dessa série”, explica Egreja.
Olhar para a intimidade da casa, dos interiores, de tudo o que é doméstico, é assunto da artista.
“Encontrei nesse microcosmo uma capacidade tão potente quanto numa pintura mais ampla. Foi o que senti quando pintei a primeira saboneteira”, declara.
Preço: R$ 89,90
Muito interessante. Legal demais.
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